quinta-feira, dezembro 09, 2004

alegria do som triste do orvalho

hoje acordei fechado
assim deitado de costas leio os teus lábios
terno, decidido
és doce
gostei da forma como me lês
onda suave

amarelo torrado cor da batalha do tempo do sol
os meus olhos são as minhas mãos estendidas
os meus ombros carregam o peso da cabeça distante
geralmente o tempo é chato e sempre igual
mas podemos escrever outras maneiras
ao lado do silêncio ficas deitado com os dedos distantes
quero um quarto só para mim - digo
livre voas rindo

agora é o tempo do salto
mão a mão avançamos pelo campo
em frente
ignoramos as convenções
saltamos livres das palavras
enrolado nos gestos
um sorriso

um sorriso para ti luz que me ignora